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State of the Mind (40)

Amiúde padecemos da falta de um corpo, um corpo que nos contagiou de si e nos intoxicou as artérias envenenando o sangue que perpassa cada célula do nosso ser. E fervemos de dentro para fora numa dor profunda e sorumbática, num aperto esquizofrénico que nos mantém presos numa espécie de colete de forças. Ansiamos perder-nos na pele que nos completa, no membro que nos invade, no sexo que nos enlouquece, na carne que nos sacia. Mas, em simultâneo, é na alma, fantasma que o corpo não consegue excomungar, que se cava um buraco. Um buraco que se assemelha a uma sepultura e da qual carregamos a pedra tumular. Enterramo-nos debaixo de sete palmos de terra e agonizamos perante a falta do oxigénio que só a alma que habita aquele corpo nos consegue fazer respirar num boca-a-boca absolutamente vital.



True Colours #15

“I meet you. I remember you. Who are you? You’re destroying me. You’re good for me. How could I know this city was tailor-made for love? How could I know you fit my body like a glove? I like you. How unlikely. I like you. How slow all of a sudden. How sweet. You cannot know. You’re destroying me. You’re good for me. You’re destroying me. You’re good for me. I have time. Please, devour me. Deform me to the point of ugliness. Why not you? Why not you in this city and in this night, so like other cities and other nights you can hardly tell the difference? I beg of you.” 

Marguerite Duras in Hiroshima mon amour

State of the Mind (39)

E a primeira coisa a abandonar-me o corpo é uma lágrima. Cintilante e cheia de pressa de fugir do cativeiro onde permaneceu fechada tanto tempo, do cativeiro a que a submeti dos gritos que calei. E o prazer agora oferecido, o prazer partilhado, finalmente expurgou da alma os restos entranhados da tristeza que lhe consumia cada fibra de um coração cansado, pesado, ansioso e expectante. Substituiu-a pela certeza de ainda serem possível apesar das feridas abertas que pretende selar com o suor dos seus corpos, com o travo doce dos beijos que partilham de olhos fechados e perdidos na sofreguidão de se voltarem a ter um no outro.

desejos matinais #21


Desejo o sabor do teu beijo quente e eterno
O envolver das nossas línguas numa dança louca e fugaz
O sentimento que nos devora as entranhas e se enraíza no nosso âmago mais profundo
Sequioso de ti procuro-te nos nossos momentos clandestinos
Quero-te simplesmente.. E dessa amplitude de te sentir e querer.. Alimento-me para viver

my snapshots #24


(E)m estado líquido #28


"Our duty is to feel what is great and love what is beautiful - not to accept all the social conventions and the infamies they impose on us."

In Madame Bovary de Gustave Flaubert

my snapshots #23


(Ela) Tem Caprichos Matinais LXXXII

A bitola pela qual medimos o nosso bem-estar está intrinsecamente ligada àqueles que nos rodeiam, àqueles de quem sentimos a falta, àqueles com quem partilhamos os nossos segredos, desejos, dia-a-dia, problemas, receios, alegrias. Não somos sós no mundo, ensimesmados, reclusos. Somos seres sociais. No sexo, tal como em tudo o resto na vida, é importante partilhar. Partilhar desejos, partilhar vontades. Não deixar que nada fique por dizer, nada fique por fazer. A bitola pela qual medimos o nosso bem-estar, passa muito pelo sexo. E sexo com partilha, acrescenta todo um manancial de excitação, tesão e comunhão a uma entrega... Nem que seja apenas no campo das hipóteses, dos desejos por concretizar, da vontade de diversificar. 
É urgente partilhar. E (Ela) hoje, deixava-se partilhar...assim!

my snapshots #22


State of the Mind (38)

Humbert: I missed you. I missed you a lot.
Lolita: Well I haven't missed you. In fact, I've been revoltingly unfaithful to you. But it doesn't matter, because you don't care about me anymore anyway.
Humbert: What makes you think I don't care about you?
Lolita: Well you haven't kissed me yet, have you? 

In "Lolita" de Vladimir Nabokov.

re-encontro



"Despe-te completamente.."
Disse-lhe sentado confortavelmente olhando para ela, enquanto ela retirava a camisa branca e a saia preta cintada, e começava a gatinhar de olhos postos em mim em direcção à sofá.
"Sim Senhor.."
Sussurrou, enfiando os polegares nas suas cuecas de renda pretas, fazendo-as deslizar num gesto suava da anca até aos tornozelos, pisando-as à medida que gatinhava, deixando-as no chão, dispersas como o resto da roupa já espalhada pelo chão de madeira do quarto.
Em vez de subir para o sofá, parou cravando os joelhos no chão e começou por me beijar as mãos numa tentativa de me agradar e mostrar a sua submissão.
Parou os beijos ali, e seguiu com a cabeça para a minha virilha, beijando-me suavemente por cima das calças, ao mesmo tempo que afagava com as mãos, disse-me "Espero agradar-lhe Senhor.. Diga-me quais os seus desejos hoje.."
Esboçou um sorriso ao ouvir-me rir suavemente, e disse-lhe "Quero que me dês prazer.. Como tu sabes que eu gosto que tu me dês.."
Agarrei-lhe nos braços pequenos e de pele branca firmemente e puxei-a para mim com a facilidade como um adulto pega numa criança ao colo, e enquanto me levantava elevando o corpo dela no ar, e ela, ao mesmo tempo enrolando na minha cintura as pernas e os braços à volta do meu pescoço ficando perfeitamente encaixados um no outro.
"Portáste-te bem hoje? Fizeste tudo o que eu te ordenei?"
Ela beijando-me o pescoço suavemente, passando com a lingua no lobolo e no exterior do meu ouvido respondeu num tom de voz ofegante "Sim Senhor, fiz tudo. Obedeço-te como a putinha que sou. Mereço a minha recompensa?"


Smoking Hot (14)

Sabes que me incendeias sem precisar de me tocar. Sabes que só a simples memória dos nossos corpos abraçados, envoltos em luxúria e as tuas mãos a percorrerem-me a pele me deixam incapaz de controlar esta libido. Sabes que é nessa hora que as marcas do desejo que nutro por ti se fazem sentir em fios entrelaçados, molhados e fugidios e que perco a cabeça quando com a língua te asseguras da sua veracidade. Sabes que a vontade de ti me leva a razão, me tolda o pensamento e lança um véu de fumo na frente destes olhos que só te vêm a ti.

desejos matinais #20


Deslizo uma pedra de gelo pelo teu corpo nu deitado ao meu lado.. Sirvo-me dele como tela em branco pronta para desenhar os meus desejos em ti.. Com traços de luxuria intensa descrevo pormenorizadamente linhas e curvas compostas de rastos de agua que a tua pele delicada absorve sequiosa.. Espelho em ti a força intensa do desejo que despertas em mim simplesmente por te ter ao meu lado entregue a mim..

True Colours #14


Transporto-me na senda das imagens que guardo de nós. O nó que sinto na barriga impõe-se gélido e hirto chegando a provocar dor física tal a sua força. Tento desfazê-lo, procurando no âmago das minhas forças uma réstia de energia que me permita fechar os olhos e acordar junto a ti. É em vão, sei-o bem. Aquele nó doentio permanece subrepticiamente agonizando-me as entranhas, queimando-me cada molécula do ser e amachucando em despojos negros os pedaços de mim que um dia te entreguei para guardares contigo.
Transporto-me na senda das imagens que guardo de nós. Vejo-me, como invariavelmente me vejo, perdida nos teus braços, entregue ao prazer de te-me dar toda, de te sentir rasgar-me o corpo e oferecendo-me o teu em toda a sua imponência. Bebo-te a essência, não deixando gota perdida. Lambo-te a pele, não deixando um milímetro por provar. Abraço-te o desejo, não deixando uma vontade por satisfazer.

(Ela) tem Caprichos Matinais LXXXI

"You both said you wanted to be a story.
You’ve never met until this moment and I am the director.
Let my language guide you. My words of erotic command you, as your smiles and sin command me.
Find something within each other’s eyes, a glint, a gaze, a smile. Notice something naughty that you fancy, wish to take of one another. Think of drinking in one another’s kiss and the fiesty tricks of tongues.
Listen to my words and think of how wet you are for one another. Imagine fingers against that wetness. Lick your lips at the muse of suck, of tongues.
You're both part of the story, yet naughty, naughtier still.
Smooth your hand inside her breasts, feel her heartbeat as her nipples harden. She’s turned on from teasing you, you teasing her, my words fueling you both.
And this is how the story goes. Step by step I command you, push you, dampen you with my words. And moment by moment you go further than you ever have before. With me as your storyteller. "

In Delectable Deviants (Adaptado)

State of the Mind (37)


Lucía: Which do you prefer? Wild sex with a stranger? Or sex with someone you know, someone you love, but also wild?
Lorenzo: What?
Lucía: You have to choose. Wild sex with a stranger, or wild sex with someone who's crazy about you, and who you love? Go ahead. Be frank.
Lorenzo: With you.
Lucía: Finally...

In Lucia e el Sexo de Julio Medem

my snapshots #21


Full Throttle #8


 "...e todas as noites, ao último estudo, eu esporeava o tempo, cortando o número do dia seguinte, às vezes de dois dias, a ver se andava mais depressa... Mas, inflexivelmente, apesar de todos os meus esforços, cada dia tinha sempre vinte e quatro horas de espera. Muitas vezes, imaginariamente, eu desdobrava os dias nas horas, nos minutos, nos segundos. E, desesperado de urgência,punha-me atento à duração de cada segundo, cada minuto, à espera de que passassem, e descobria, em suores, que os poucos dias que faltavam eram uma montanha enorme de tempo."

Virgílio Ferreira, Manhã Submersa

Oh sweet Idleness

A verdade é que o meu corpo pede por ti na mesma medida em que os meus olhos te desejam o sorriso. O egoísmo da carne, que agrilhoa o espírito na vontade de prazer, no desespero do toque e na sede do desejo não se assemelha à plenitude. Não sem a partilha e as gargalhadas. Não sem o abraço que queremos tanto. Não sem o idílico estar apenas lado a lado, colados, olhos nos olhos, pele com pele. E é naqueles lençóis brancos, onde um dia depositámos tudo o que tínhamos, que a teu lado me quero voltar a encontrar e em simultâneo me perder.  É debaixo do teu abraço terno e quente que depois do saciar do corpo me quero aninhar e saborear apenas o sorriso que afinal me lanças e gravo no olhar.

(Ela) tem Caprichos Matinais LXXX

Sinto-me enlouquecer. Aos poucos esvai-se-me qualquer réstia de razoabilidade e racionalidade neste corpo que habilmente soubeste moldar para te assimilar e em ti se viciar. Moldaste-o de uma tal forma que só em ti se consegue saciar, só em ti se consegue satisfazer, só a tua medida e o teu jeito lhe proporcionam o prazer que sabe agora é o prazer absolutamente perfeito. Sinto-me enlouquecer. A vontade de te sentir de novo assim invade-me em cada pensamento, cada suspiro, cada segundo do tempo que o tempo nos roubou. Sinto-me enlouquecer. O desejo de te ter dentro de mim, de sentir cada centímetro de ti, cada investida, cada vaivém, instalou-se-me na pele. Na pele que em tatuagens invisíveis escreveste o teu nome para me recordar que é de ti que ela se preenche.

State of the Mind (36)

Rastejo pelos dias na ânsia de chegar até nós. Na ânsia de reatar onde parámos e de, assim que os nossos lábios se tocarem novamente, sentir o corpo inundar-se do materializar de todos os momentos que partilhámos até ali. De todas as noites, tardes e manhãs em que nos fundimos nos braços um do outro e nos demos inteiros. De todas as sensações que o teu corpo provoca no meu corpo. De todos os arrepios, sorrisos, gemidos, palavras, toques e gestos. De todas as memórias e de todos os planos que fizemos. Rastejo pelos dias na ânsia de te voltar a sentir em mim, de te pegar entre as mãos e tomar-te na minha boca, de sentir o teu orgasmo que invariavelmente é o meu também, de te-me oferecer toda e explodir do prazer que só tu tão bem me sabes dar.

Poema em linha reta


Poema em linha reta

Fernando Pessoa
(Álvaro de Campos)


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

(E)m estado líquido #27

De olhos fechados, elas degustavam cada sabor misturado num momento único, num prazer assoberbado e numa entrega de corpos e vontades. Ele, preso no tempo e envergando um sorriso de indelével agrado, imortalizava na memória a beleza de uma partilha que há instantes tinha sido dele também e da qual agora era mero espectador. Sorria porque sentia ainda os pequenos espasmos e o palpitar do coração acelerado ao mesmo tempo que se deliciava com a continuação do seu prazer agora espalhado por elas. Elas que haviam de tudo feito para nada lhe faltar, para tudo lhe oferecer e que em simultâneo se saciavam mutuamente. Elas que a tudo se permitiram, a tudo se entregaram e colheram a recompensa do prazer partilhado, do prazer repartido.

Oh sweet idleness

Paulatina e vagarosamente, abro os olhos. Olho para o relógio. Confirmo sorrindo que chegou o dia. Acabou a espera, findou o castigo. Preparo tudo e coloco-me a caminho. São mais de 3h de viagem mas faço-a alegre e de bom grado envergando o mesmo sorriso que coloquei no rosto quando me apercebi que era hora de ti. Pouso as malas ao acaso, passo o corpo por água fresca, perfumo-me e saio no teu encalço. No caminho avisei-te que estava a chegar e a tua voz ganhou um tom de indisfarçável prazer. A fome que te tenho deixa-me zonza. Como que se de um verdadeiro síndrome de abstinência se tratasse, o pensamento tolda-se pela vontade e ânsia de te sentir assim. Colado a mim para não mais descolar. Para recuperarmos das mazelas que a saudade nos deixou marcadas no corpo e inscritas em madeira que ardeu do fogo que temos em nós.

True Colours #13

Prostro-me perante a solidão que tomou conta de mim. Na multidão ela acompanha-me e não me deixa desamparada. É vizinha da saudade. Porta com porta, saúdam-se pela manhã enquanto correm para o correio na esperança de saber notícias de ti. Ficam-se por um café matinal e a revista e o jornal que perscrutam passivamente para ajudar a passar o tempo e distrair da falta que o teu corpo lhes faz. O tempo aflora sucessivamente, incessantemente, nas incontáveis vezes que olham para o calendário e sentem que falta menos um pedaço de tempo para em ti se misturarem, para em ti se saciarem, para de ti se preencherem e restabelecerem os níveis de prazer e plenitude. Porque sem ti, há sempre algo que falta aqui.

(Ela) dá-vos música!

The D(E)vil is in the smallest details #18

(Goosebumps)

State of the Mind (35)

Elizabeth: When you're gone, all that is left behind are the memories you created in other people's lives or just a couple of items on a bill.

In My Blueberry Nights

Pose


Kisses
Paula

Shapes


Kisses
Paula

Tender


Kisses
Paula

Smoking Hot (13)

A beleza de dois corpos juntos, está na naturalidade com que se entregam um ao outro. Não há lugar a ensaios nem a tentativas. A beleza de dois corpos juntos não se vê. Sente-se. No calor que, unidos um com o outro, o seu abraço emana. Na mistura de dois cheiros distintos mas que de alguma forma se completam e instigam mutuamente em direcção a um querer desenfreado. Nos sorrisos desenhados em rostos desalinhados, sujos dos resquícios um do outro mas límpidos na certeza de um unânime querer. Nos olhos impregnados de desejo numa paixão arrebatadora que lhes consome a alma dia após dia mas que lhes preenche o coração de um doce mas indefinido sabor.

Dust


Kisses
Paula

Bellet


Kisses
Paula

Look


Kisses
Paula

Full Throttle #7

Incansável e insaciável. A língua, ávida e húmida, torneia cada pedacinho de ti. Sente-te em cada papila como um cego que tacteia um rosto para o conseguir definir e conhecer. E gosta do que sente. E sente-lhe a falta. Num verdadeiro acto de degustação, passa a saber-lhe cada contorno, cada distinto sabor, cada latejar. Sente-lhe o prazer em cada lamber, em cada engolir, em cada chupar e regozija enquanto lho proporciona. Fá-lo com prazer e em prol do prazer. Dele e dela. 

Sunny


Kisses
Paula

Bath


Kisses
Paula

Window


Kisses
Paula

(Ela) tem Caprichos Matinais LXXIX

O momento dócil e carinhoso em que envolvemos os braços um no outro num abraço apertado e os nosso lábios se tocam para expurgar a saudade negra e desesperante, depressa dá lugar à necessidade da carne, do corpo. Vejo o teu rosto, compenetrado. Oiço o teu gemido sôfrego e as tuas palavras, sempre as certas para me elevar a mente ao mais alto grau de excitação. Sinto as tuas mãos que me seguram a anca, como que ajeitando-me para melhor te servir. Vergo-me para ti, ofereço-te-me. Mostro-te como te quero, como te preciso e sem demoras entras em mim. Num vaivém viciante, paulatino e voraz, o prazer é incomensurável. A entrega é pura, plena e torneada pela certeza de que o que temos transcende o vulgar. É íntimo.

Wall


Kisses
Paula

Olhar


Kisses
Paula

Water


Kisses
Paula

True Colours #12

 "Let's call it the love making of the mouth"

Já não sei se és tu quem dá ou se sou eu que ofereço. A verdade é que a comunhão dos nossos corpos é de tal forma intensa e natural que eles se movem ao som do desejo numa dança genuína, que nos está no sangue e nos abraça num véu de prazer e loucura. E é nessa dança que o meu corpo encontra o teu, que o meu acaba onde começa o teu e que pele com pele nos fazemos um só.


Relax


Kisses
Paula

Pose


Kisses
Paula

Shadows


Kisses
Paula

State of the Mind (34)

Há dias em que só o corpo não chega para satisfazer os caprichos da mente. Dias que evocam a certeza de um até já, numa espera avassaladora que nos obriga a um esforço sobre humano. São certezas que não conseguimos afastar e se tornam em verdadeiros entraves, bloqueios, sinais de stop na estrada que caminhamos juntos. E o corpo que sempre pretendeu aproveitar o aproveitável sucumbe perante a tristeza de irremediavelmente ter de deixar de adiar o inadiável.

my snapshots #20


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